Médico-veterinário: um agente de imunização animal, mas que também precisa ser imunizado. Previna-se!

Os médicos-veterinários representam uma população de risco para várias doenças imunopreveníveis devido à constante interação com pacientes suscetíveis a agentes biológicos causadores de enfermidades. Esse contato direto com os animais doentes expõe os profissionais a uma variedade de patógenos, tornando crucial a atenção à sua própria saúde. Além disso, o manuseio de materiais contaminados em suas rotinas diárias representa uma fonte adicional de possíveis infecções.

A fim de proteger os profissionais da área de saúde, o CRMV-RJ esclarece que a vacinação se torna uma medida essencial. Este procedimento encontra respaldo na Norma Regulamentadora 32 (NR-32), a qual estabelece diretrizes fundamentais para salvaguardar a saúde e a segurança dos trabalhadores nos serviços de saúde, incluindo aqueles envolvidos na promoção e assistência à saúde em geral.

Conforme as diretrizes da NR-32, todos os profissionais de saúde devem ter acesso gratuito a um programa de imunização ativa, abrangendo vacinas contra tétano, difteria, hepatite B e outras indicadas pelo Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) (BRASIL, 2022).

O calendário vacinal para os trabalhadores da saúde inclui vacinas especificamente designadas para o público adulto, bem como aquelas direcionadas exclusivamente a esse grupo, mediante comprovação da categoria profissional ou vínculo empregatício.

Na rede pública, estão disponíveis vacinas contra difteria, tétano, coqueluche, hepatite B, febre amarela, sarampo, caxumba, rubéola, varicela, meningocócica C, influenza e Covid-19 (monovalente e bivalente).

É importante que todos os profissionais da saúde sigam um esquema básico de três doses de vacinas contra difteria e tétano (dT), com reforço a cada 10 anos. Da mesma forma, o esquema vacinal para hepatite B consiste em três doses, além de duas doses de tríplice viral independentemente da idade.

Profissionais envolvidos diretamente na assistência ao paciente têm acesso à vacina contra difteria, tétano e coqueluche acelular (dTpa), administrada em dose única, integrada ao esquema de dT ou como reforço a cada 10 anos, substituindo a vacina dT.

A administração simultânea ou com intervalos das vacinas é geralmente permitida, exceto para aquelas contra febre amarela, tríplice viral e varicela, as quais, caso não sejam administradas no mesmo dia, requerem um intervalo de 30 dias entre elas.

Anualmente, durante a Campanha de Vacinação contra Influenza, os profissionais da saúde são considerados prioritários para receber a vacina contra a gripe, conforme diretrizes do Ministério da Saúde.

É responsabilidade dos empregadores no setor de saúde orientar seus funcionários sobre a importância de manter o calendário vacinal atualizado, garantindo o acesso gratuito às vacinas de rotina a todos os trabalhadores da área da saúde.

Acompanhe no próximo post a importância da profilaxia pré-exposição com vacina antirrábica para médicos-veterinários e zootecnistas.

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