A força da mulher brasileira impulsionando o país, a Medicina Veterinária e a Zootecnia: Conheça a história de Luciaurea Cavalcanti

Em meio aos desafios e conquistas da profissão, Luciaurea O. Cavalcanti (CRMV-RJ 2.423) destaca-se como uma figura inspiradora na área da Medicina Veterinária. Sua jornada é marcada por uma trajetória de dedicação e paixão pelo que faz, contribuindo para o desenvolvimento da Medicina Veterinária no Brasil.

Graduada pela Universidade Federal Fluminense em 1981, a médica-veterinária construiu uma carreira notável, expandindo seus horizontes além das fronteiras tradicionais da profissão. Seu percurso inclui um mestrado em Pesquisa Operacional e Gerência de Produção pela UFRJ em 2002, sendo a primeira médica-veterinária a ser aceita no Programa de Engenharia de Produção da COPPE/UFRJ, além de uma vasta experiência em diferentes áreas de atuação.

Entre suas realizações profissionais, destacam-se sua atuação pioneira na Secretaria de Saúde do RJ e na Secretaria de Agricultura e Ganaderia de Honduras, onde desempenhou papéis de liderança e contribuiu para avanços significativos na área da sanidade agropecuária. No Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), Luciaurea coordenou programas de acreditação de laboratórios e representou o Brasil em importantes iniciativas internacionais. A profissional conta que, desde o início de sua carreira na área de Saúde Pública em 1982, ou seja, há 42 anos, enfrentou desafios significativos, lutando para ser reconhecida por seus colegas e gestores.

Ela ainda destaca o fato de eleita por colegas membro da Academia de Medicina Veterinária no RJ (Amverj), na cadeira de nº 33, cujo patrono é o professor Miguel Cione Pardi, como uma realização profissional significativa em sua carreira.

Sua visão sobre o papel das mulheres na Medicina Veterinária e Zootecnia reflete sua experiência e perspectiva. Para Luciaurea, as mulheres desempenham um papel fundamental na sociedade, combinando habilidades como dedicação, capacidade de multitarefa e uma visão centrada.

“Nós, mulheres somos dedicadas, suportamos pressão, somos capazes de atender a várias tarefas simultaneamente e sempre temos um olhar da “Grande Mãe Terra”. Não adianta negar essas qualidades, quando entro em um laboratório ou instalação de testes liderados por mulheres, se percebe essas qualidades femininas na gestão e responsabilidade técnica. Não é fácil, estamos vivendo uma fase difícil, com muitas mulheres sofrendo com a terrível síndrome da modernidade e que atinge de uma maneira especial aos profissionais da Medicina Veterinária: “burnout”, que já foi qualificada pela OMS como doença ocupacional”, declarou.

Ao longo de sua carreira, a médica-veterinária ainda participou de projetos multidisciplinares que impactaram positivamente a área da Medicina Veterinária e Zootecnia.

Em meio a tantas atribuições, equilibrar suas responsabilidades profissionais e pessoais sempre foi uma prioridade para Luciaurea. Com o apoio de sua família e sua paixão pelo conhecimento, ela conta que encontrou uma maneira de conciliar suas diversas atividades, mantendo uma vida cultural ativa e buscando constantemente novas oportunidades de aprendizado.

“Quando jovem, fui casada com um colega que dedicou sua carreira ao ensino, pesquisa e extensão e me dava todo o apoio, dividindo comigo o cuidado e a educação de nossos dois filhos. Sempre levávamos eles para todos os congressos, treinamentos e dias de campo. Minha filha também é médica-veterinária. Desde sempre tenho uma vida cultural constante, leio e aproveito as novas tecnologias como WhatsApp e e-mail para manter contato com familiares, amigas e amigos”, contou.

Como mudanças com relação a igualdade de gênero, a profissional explicou que espera que as oportunidades de trabalho e salários sejam os mesmos para homens e mulheres, emendando que as muheres devem expandir sua participação em todas as áreas da profissão, incluindo pesquisa e desenvolvimento e concorrer, cada vez mais, nos concursos públicos que atuem em áreas multidisciplinares.

Ao compartilhar sua história e experiência, Luciaurea oferece um conselho para as mulheres que estão buscando seguir uma carreira na Medicina Veterinária ou na Zootecnia: busquem a excelência e a realização pessoal, priorizando o conhecimento e a dedicação à profissão.

“Não pensem em estudar Medicina Veterinária para “ficar rica”. Estudem para passar em boas Faculdades e que só tenham ensino presencial. Leiam sobre a História da Ciência e a contribuição das mulheres para o desenvolvimento da Humanidade”, finalizou.

Essa matéria faz parte da campanha “A força da mulher brasileira impulsionando o país, a Medicina Veterinária e a Zootecnia” promovida pelo CRMV-RJ.

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