Tráfico de Ketamina e seu uso indiscriminado: CRMV-RJ faz alerta quanto ao risco à Saúde Pública

A recente operação conjunta da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) e da Polícia Civil do Distrito Federal, que resultou na prisão de suspeitos de tráfico interestadual de ketamina trouxe à tona um alerta sobre os perigos dessa substância. Conhecida como Special K, a ketamina, originalmente um anestésico geral utilizado em procedimentos cirúrgicos veterinários, tornou-se uma droga recreativa devido aos efeitos alucinógenos que proporciona aos usuários.

A ketamina, quando utilizada como droga recreativa, pode ser inalada, injetada ou fumada, resultando em uma série de riscos à saúde. Além de induzir a sensação de estar fora do corpo, a substância pode causar apagões, tornando os usuários mais vulneráveis a perigos.

Os danos à saúde causados pela ketamina são diversos. Além dos apagões conhecidos como “Boa noite, Cinderela”, a droga pode afetar a mobilidade, causar taquicardia, pressão alta, náuseas, vômitos, torpor, depressão, amnésia, alucinações e problemas respiratórios graves, podendo levar à morte. O uso frequente pode criar dependência, levando os usuários a buscarem doses cada vez maiores, aumentando os riscos à saúde e provocando o chamado “K-Hole”, um estado descrito como estar fora do corpo ou à beira da morte.

O Conselho Regional de Medicina Veterinária do Rio de Janeiro (CRMV-RJ) alerta para a tipicidade do ato de vender medicamentos controlados sem receituário médico, conforme disposto na Lei de Drogas e na Portaria 344/98 do Ministério da Saúde, juntamente com o Sipeagro/Mapa. A comercialização de ketamina ou outras substâncias controladas é permitida somente mediante receituário médico-veterinário. O não cumprimento dessas exigências legais pode levar o profissional a responder pelo crime de tráfico de drogas.

O CRMV-RJ reforça seu compromisso em orientar e fiscalizar para garantir a venda legal dos medicamentos veterinários, preservando a saúde pública e evitando o uso indevido dessas substâncias para fins ilícitos. O Conselho já solicitou a Polícia os nomes dos médicos-veterinários envolvidos na ação para que as medidas cabíveis sejam tomadas pela autarquia, o que pode culminar com a cassação do registro profissional.

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