CRMV-RJ ressalta que medicamentos veterinários não devem, e nem podem, ser usados em humanos

Um medicamento de uso veterinário ganhou popularidade entre as mulheres e homens após seu uso em receitas caseiras do “Shampoo Bomba” viralizarem em tutoriais no Youtube, dicas em blogs e redes sociais, que prometem acelerar o crescimento dos cabelos e pelos de barba. O CRMV-RJ alerta, porém, que a substância não é indicada para uso em humanos.

Composto por nutrientes essenciais como aminoácidos, vitaminas e minerais, o produto é indicado para suprir deficiência de vitamina A no organismo de animais de criação. Aplicado nos animais através de injeções intramusculares profundas, o produto aumenta o poder das superfícies epiteliais para resistir às infecções locais, ajudando na recuperação do seu estado anormal e é essencial para a visão normal, pois a deficiência de vitamina A pode provocar a cegueira noturna.

O CRMV-RJ adverte sobre os perigos do uso inadequado do Monovin A em seres humanos, destacando que a fórmula foi desenvolvida exclusivamente para animais. Cabe ressaltar que o uso de medicamentos veterinários por humanos não é seguro, além de não haver um estudo científico de que ele possa trazer benefícios. Sendo assim, tal prática pode resultar em irritação, alergias e até mesmo em uma sobrecarga de vitaminas, pois as necessidades nutricionais variam entre espécies.

De acordo com a Anvisa, “medicamentos de uso humano devem possuir, obrigatoriamente, registro junto à Anvisa e só podem ser comercializados em farmácias e drogarias devidamente autorizadas pelas autoridades sanitárias. No momento do registro, a Agência analisa uma série de documentos que garantem que o medicamento possui segurança, eficácia e qualidade. Já os medicamentos veterinários são registrados e regulamentados pelo Ministério da Agricultura”.

Além disso, a concentração de vitamina A no produto é muito alta para os seres humanos e pode causar um excesso da vitamina no organismo, o que pode ter como consequência um efeito rebote, gerando um excesso de vitamina A no organismo e ainda mais quedas capilares, entre outros sintomas.

Ao cuidar da saúde capilar, é fundamental buscar orientação profissional, seja de dermatologistas ou outros especialistas, e optar por produtos desenvolvidos e testados para uso humano, evitando assim possíveis riscos à saúde.

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