Como o preparo de alimentos sem supervisão de um médico-veterinário pode comprometer um campeonato de futebol

Você sabia que a Medicina Veterinária está presente em quase tudo na população brasileira, não é mesmo? Mas até no futebol brasileiro ela se faz presente.

Um dos torneios mais tradicionais do futebol brasileiro é a Copa São Paulo de Futebol Júnior. A famosa Copinha é um dos principais celeiros de jovens promessas brasileiras, e de onde saíram alguns dos maiores jogadores de todos os tempos, como Paulo Roberto Falcão (1972) pelo Internacional/RS, (1983) Raí – Botafogo de Ribeirão Preto, (1990) Djalminha – Flamengo, (1991) Dener – Portuguesa entre outros.

Jogadores de futebol que disputam a Copa São Paulo de Futebol Júnior, precisaram ser encaminhados a hospitais após episódios de toxinifecções alimentares. A suspeita é de que os atletas tenham passado mal após ingerirem carne de porco do hotel em que estão hospedados. Fatos como esse demonstram a necessidade de conscientização da população no que diz respeito à sanidade e segurança alimentar, além da importância do médico-veterinário e do serviço de inspeção na saúde pública.

As doenças transmitidas por alimentos e água (DTAs) ocorrem quando uma pessoa contrai uma enfermidade devido à ingestão de alimentos contaminados com microrganismos ou toxinas indesejáveis. Essa condição é frequentemente denominada como toxinfecção alimentar.

Muitos casos de enfermidades causadas por alimentos não são notificados, pois seus sintomas são geralmente parecidos com gripes. As DTAs podem se manifestar das seguintes formas: infecções transmitidas por alimentos, intoxicações alimentares e toxinfecção causada por alimentos.

Os sintomas das DTA variam de acordo com o organismo ou a toxina encontrados no alimento e a quantidade do alimento ingerido. Os sintomas mais comuns das DTA são vômitos e diarréias, podendo também apresentar dores abdominais, dor de cabeça, febre, alteração da visão, olhos inchados dentre outros.

Para evitar ou reduzir os riscos de DTA, medidas preventivas e de controle, incluindo as boas práticas de higiene, devem ser adotadas na cadeia produtiva, nos serviços de alimentação, nas unidades de comercialização de alimentos e nos domicílios, visando à melhoria das condições sanitárias dos alimentos.

O médico-veterinário é o profissional que atua na prevenção das Doenças Transmitidas por Alimentos (DTA) desde a produção ou criação dos animais até a chegada à mesa do consumidor. Esse profissional desempenha importantes papéis na fiscalização aduaneira, através do controle do recebimento, armazenamento e temperatura dos produtos alimentares, inspeção de rótulos, embalagens e validade, vigilância da organização nos setores de alimentos perecíveis e higiene pessoal dos manipuladores. Além disso, fiscaliza as condições higiênico-sanitárias dos equipamentos, instalações e utensílios, e realiza o controle de pragas e limpeza da caixa d’água nos estabelecimentos, tudo isso, sob o respaldo de uma legislação adequada e de uma equipe especializada para atender tal demanda de trabalho.

Médicos-veterinários: garantindo a segurança do alimento que você consome!

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