Diagnóstico diferencial da raiva é essencial no ato médico veterinário

Diagnóstico diferencial da raiva é essencial no ato médico veterinário

A raiva é uma doença infecciosa que atinge mamíferos, incluindo humanos. Ela é causada por um vírus que se multiplica no ponto de inoculação, atinge o sistema nervoso periférico e, posteriormente, o sistema nervoso central. A partir daí, dissemina-se para vários órgãos e glândulas salivares, onde também se replica e é eliminado pela saliva das pessoas ou animais enfermos.

Apesar de na cidade do Rio de Janeiro, a doença na sua forma urbana encontrar-se sob controle, é importante que um médico-veterinário saiba como agir caso atenda um animal com suspeita da doença.

No último ano, o CRMV-RJ acompanhou a notificação de um caso de raiva canina e um de humana no Estado no último ano.

O CRMV-RJ esclarece que é importante não eutanasiar o animal de imediato, e sim deixá-lo em observação durante 10 dias para que se possa identificar qualquer sinal indicativo da raiva. O mesmo deverá receber água e alimentação normalmente, num local seguro, para que não fuja ou ataque outros mamíferos.

Caso o animal adoeça, desapareça ou mude de comportamento, ou nos casos em que haja impossibilidade de observar o animal agressor, acione o Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) através da Central de Teleatendimento 1746, para informar sobre a ocorrência do acidente.

Se o animal morrer, o CCZ deverá ser informado imediatamente, por meio de um chamado da Central 1746. Uma equipe será enviada ao local e a carcaça será removida para o Instituto Municipal de Medicina Veterinária Jorge Vaitsman (IJV), para realização de exame diagnóstico de raiva.

O controle da raiva animal inclui a vacinação de cães e gatos, a partir de três meses de idade. A vacina para esses animais está disponível durante todo o ano, de forma gratuita, nos postos fixos localizados no Centro de Controle de Zoonoses Paulo Dacorso Filho e no Instituto Municipal de Medicina Veterinária Jorge Vaitsman. Todos os anos, a cidade do Rio de Janeiro também realiza a Campanha de Vacinação Contra Raiva de Cães e Gatos em postos de vacinação distribuídos em diversos pontos da cidade.

A vacina antirrábica também é indicada para proteção prévia de pessoas que, por força de suas atividades ocupacionais, estão permanentemente expostas ao risco da infecção pelo vírus. A profilaxia pré-exposição é recomendada para médicos-veterinários e outros profissionais.

No caso dos morcegos, deve-se evitar o contato direto com esses animais silvestres. Caso seja detectada a presença deles no interior de residências ou em outros locais indesejados, deve-se aumentar a luminosidade nos ambientes; colocar telas nos vãos, janelas e buracos e fechar ou vedar porões, pisos falsos e cômodos pouco utilizados que permitam o alojamento de colônias. Lembrando que morcegos são animais protegidos por lei (Lei nº 5.197, de 3 de janeiro de 1967), pois exercem papel importante na natureza no controle de insetos e, no caso dos frugíveros, disseminação de sementes e polinização de flores. A presença de morcegos caídos no chão deve ser imediatamente informada ao CCZ.

A Ficha de Remessa de Material para Diagnóstico de Raiva pode ser encontrada aqui.

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