CRMV-RJ articula inclusão de médicos-veterinários no PL 6028/2025, que cria vagas de coronel para carreiras da saúde

O Conselho Regional de Medicina Veterinária do Rio de Janeiro (CRMV-RJ) segue empenhado em garantir aos médicos-veterinários que atuam na Polícia Militar o direito de ascender ao cargo de coronel. Representantes da autarquia estiveram na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) para articular, junto aos deputados estaduais, a alteração do quadro hierárquico da corporação, abrindo um posto de coronel para os profissionais da Medicina Veterinária.

A estrutura de saúde da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro é uma das maiores redes públicas de assistência e logística sanitária do Estado. O sistema conta com duas unidades hospitalares, quatro policlínicas, laboratórios, um centro de abastecimento de insumos (CAbIS) e unidades veterinárias que sustentam a atividade operacional da tropa, alinhadas à política de “Saúde Única”, que integra o cuidado humano, animal e ambiental.

Negar aos médicos-veterinários o devido reconhecimento hierárquico é ignorar não apenas o papel fundamental desses profissionais na transformação da saúde militar fluminense nos últimos anos, mas também a relevância histórica e institucional de sua atuação.

O CRMV-RJ conta com o apoio do Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacional da 2ª Região (Crefito-2) e do Conselho Regional de Farmácia do Rio de Janeiro (CRF-RJ) nessa iniciativa. As três categorias — Medicina Veterinária, Fisioterapia e Farmácia — exercem funções essenciais e insubstituíveis dentro da corporação. A carência de efetivo nessas áreas representa risco direto à saúde da tropa e à regularidade institucional dos serviços.

A criação dos postos de coronel para essas categorias representa uma medida de adequação normativa e administrativa, assegurando a continuidade dos serviços essenciais de saúde militar em conformidade com a legislação sanitária vigente.

Nos últimos anos, a saúde da Polícia Militar passou por uma profunda transformação. Atualmente, o sistema atende mais de 130 mil beneficiários, administra recursos superiores a R$ 1 bilhão e mantém, com equipes técnicas reduzidas, uma rede hospitalar e logística de insumos que garantem dignidade à tropa e às suas famílias.

Esta autarquia esclarece que os oficiais fisioterapeutas, médicos-veterinários e farmacêuticos são pilares silenciosos dessa estrutura. Enquanto os farmacêuticos garantem a regularidade sanitária, a rastreabilidade dos medicamentos e a integridade das compras públicas, os fisioterapeutas atuam na recuperação funcional e preservação da vida em unidades intensivas. Já os médicos-veterinários asseguram a biossegurança e o cuidado com o patrimônio biológico que sustenta as operações da corporação. Sem esses profissionais, não há hospital em funcionamento nem tropa em condições sanitárias de servir.

A proposta de criação dos postos de coronel fisioterapeuta, coronel médico-veterinário e coronel farmacêutico não amplia a estrutura de comando nem gera impacto financeiro ao Estado. Trata-se de uma medida de racionalidade administrativa, justiça funcional e correção histórica, que alinha a Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro à estrutura de outras forças militares do país.

Rolar para cima