
A Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (SEAPA-RJ) confirmou, no dia 22 de julho, a presença do vírus da Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) em galinhas-d’angola do BioParque do Rio. O diagnóstico foi realizado pelo Laboratório Federal de Defesa Agropecuária (LFDA), vinculado ao Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA).
Diante da confirmação, os técnicos da Defesa Agropecuária Estadual adotaram todas as medidas de controle e prevenção para evitar a disseminação do vírus. O parque foi interditado temporariamente e teve suas atividades suspensas, em conformidade com as diretrizes do Programa Nacional de Sanidade Avícola (PNSA).
Após os primeiros casos confirmados, ocorreram outras mortes de animais na área da Savana Africana, o que já era esperado conforme as características enfermidade. A área conhecida como Savana Africana, onde estavam localizadas as aves infectadas, seguirá isolada por 14 dias, sem acesso ao público. As demais áreas do BioParque foram reabertas, com segurança, no dia 24 de julho. A Defesa Agropecuária segue fazendo a vigilância necessária.
Toda ação vem sendo realizada pela atuação conjunta da Secretaria de Estado de Agricultura por meio da Defesa Agropecuária, da Secretaria de Estado de Saúde (SES-RJ), da Secretaria de Meio Ambiente e do MAPA. Os médicos-veterinários da Defesa Agropecuária são responsáveis pelo recebimento das notificações, coleta de amostras e acompanhamento dos focos identificados.
A SES-RJ está monitorando 15 funcionários do BioParque que tiveram contato com as aves contaminadas. Segundo a pasta, a vigilância em saúde é acionada sempre que há suspeita da doença em aves. Casos de transmissão da IAAP para humanos são considerados raros e ocorrem exclusivamente por contato direto com animais infectados. O vírus não é transmitido pelo ar, tampouco por meio do consumo de carne ou ovos.
Desde 2023, o Brasil vem registrando focos do vírus H5N1, variante altamente patogênica da Influenza Aviária. Os casos confirmados no país estão disponíveis para consulta no site do Ministério da Agricultura, com atualizações diárias.
A médica-veterinária Renata Vitória Campos Costa, do Núcleo de Defesa Agropecuária de Valença e presidente da Comissão de Saúde Única do CRMV-RJ, reforça a importância da notificação imediata por parte dos médicos-veterinários que atuam em granjas, propriedades rurais, clínicas, hospitais veterinários e parques.
“Suspeitas envolvendo sinais respiratórios, neurológicos ou casos de alta mortalidade em aves, devem ser comunicadas por meio do sistema e-Sisbravet ou diretamente aos Núcleos de Defesa Agropecuária”, informou.
