Na sessão plenária da última quarta-feira, 21 de maio, a Câmara dos Deputados aprovou, por 388 votos favoráveis e 43 contrários, o Projeto de Lei 1466/2025, que concede reajustes diferenciados de remuneração a diversas carreiras do Poder Executivo. Apesar dos avanços, os médicos-veterinários ficaram de fora da equiparação salarial defendida por suas entidades e apoiada por parlamentares. Em manifestação pública, a deputada federal Jandira Feghali (PCdoB-RJ) reafirmou seu compromisso com a luta da categoria.
“Quero me dirigir aos médicos veterinários e dizer que nós acompanhamos durante todo o tempo a luta de vocês no PL 1466. Fizemos emendas, a bancada inteira fez a emenda para dar equidade ao reajuste de vocês com todas as categorias, com todas as carreiras, mas nós ontem tivemos que votar o reajuste por conta do prazo da medida provisória. Mas a luta não acabou. Nós não conseguimos ontem aprovar a emenda, porque ela foi considerada com vício de iniciativa, porque gera despesa, teria que vir do Executivo. Mas essa luta está em curso. Vai ser criada uma comissão especial para debater todas as pendências que ficaram das carreiras, dos ajustes e de todas as outras pendências que surgiram na discussão desse projeto que é muito abrangente, é muito amplo e nós precisamos enfrentar. Então, quero que vocês contem conosco para garantir a equidade de vocês. Nós estamos na luta, comprometidos com os médicos veterinários e outras carreiras que têm demandas em relação a esse projeto de lei. Um grande abraço para vocês. Estamos juntos”, afirmou.
O projeto aprovado agora segue para o Senado. O texto final retirou dispositivos importantes como o Sistema de Desenvolvimento na Carreira (Sidec), que definia regras para progressão, tema que será debatido em novo projeto a partir de um grupo de trabalho a ser instituído.
A exclusão de emendas com impacto orçamentário — incluindo aquelas que beneficiariam diretamente os médicos-veterinários e outras categorias — mostra o desafio que ainda persiste na luta por justiça e valorização do serviço público.
A proposta de reforma traz ameaças à estrutura do Estado, ao financiamento de políticas públicas e aos direitos dos trabalhadores.
A mobilização dos médicos-veterinários segue firme. É essencial que a categoria permaneça unida e vigilante na cobrança de um Estado justo, inclusivo e que reconheça a importância de todas as carreiras públicas, incluindo a Medicina Veterinária, para o bem-estar da sociedade.