
A Comissão de Trabalho da Câmara dos Deputados aprovou o Projeto de Lei 2816/23, que estabelece piso salarial de seis salários mínimos (R$ 9.108) para profissionais de zootecnia no Brasil. A iniciativa representa um avanço significativo para a categoria, que exerce papel essencial na produção agropecuária e no desenvolvimento sustentável do setor.
O texto altera a Lei 4.950-A/66, que já define remuneração mínima para engenheiros, químicos, arquitetos, agrônomos e médicos-veterinários, incluindo agora os zootecnistas nesse grupo. A medida é considerada uma conquista fundamental, por garantir maior reconhecimento e valorização do trabalho desses profissionais, além de contribuir para atrair novos talentos à área e fomentar inovação no agronegócio.
A Zootecnia trabalha com o estudo, o manejo e a produção de animais domesticados e silvestres, focando na sua criação, nutrição, bem-estar e melhoramento genético para obter produtos de qualidade e garantir a sustentabilidade e rentabilidade dos empreendimentos agropecuários. O zootecnista atua no agronegócio, na pesquisa, no ensino e na conservação da fauna, desenvolvendo e aplicando tecnologias para a produção animal. Para o CRMV-RJ, a aprovação corrige uma omissão histórica ao assegurar piso salarial para a classe.
“Com a pecuária altamente tecnificada, o zootecnista exerce um papel de relevância. Este projeto tende a fortalecer a valorização do profissional da zootecnia, contribuindo para a redução da precarização do trabalho e para um maior reconhecimento social da profissão, em um setor estratégico para o desenvolvimento econômico do Brasil”, destacou o presidente do Conselho, Diogo Alves.
A atual gestão do CRMV-RJ reforça que tem buscado ampliar cada vez mais o espaço e a valorização dos zootecnistas no mercado. O projeto seguirá agora para análise da Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, em caráter conclusivo. Caso seja aprovado sem alterações, será encaminhado à sanção presidencial.
