CRMV-RJ e Ibama discutem ações de fiscalização conjuntas na Ilha dos Gatos, em Mangaratiba

O Conselho Regional de Medicina Veterinária do Rio de Janeiro (CRMV-RJ) participou de uma reunião estratégica com representantes do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) para discutir medidas de fiscalização e proteção animal na Ilha dos Gatos, oficialmente chamada Ilha Furtada, localizada em Mangaratiba (RJ). A Ilha dos Gatos é conhecida pelo abandono de animais que vivem em condições precárias, sem acesso a alimentos suficientes ou água potável. Com origem na década de 1950, a situação se agravou com o aumento da população de felinos, que se tornaram selvagens, prejudicando o equilíbrio ambiental local e convivendo com animais silvestres da região.

O encontro teve como foco principal a elaboração de ações de fiscalização conjuntas para lidar com a situação crítica de centenas de gatos abandonados na ilha. Durante a reunião, o presidente do CRMV-RJ, Diogo Alves, sugeriu a realização de uma audiência pública na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), além de propor acordos de cooperação entre os órgãos envolvidos.

Além de Diogo, também estiveram presentes o diretor do Instituto de Ciência e Tecnologia em Biomodelos (ICTB/Fiocruz), Christoph Schweitzer Milewski; a diretora adjunta do ICTB/Fiocruz, Carla de Freitas Campos; o superintendente do Ibama-RJ, Rogério Rocco; e o embaixador do CRMV-RJ da Costa Verde e presidente das comissões de Meio Ambiente e de Gestão de Riscos de Animais em Desastre, Eduardo Mayer.

Participaram ainda das discussões representantes da Universidade Estadual do Norte Fluminense (UENF), da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), da Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Mangaratiba e do Instituto Boto Cinza.

O superintendente do Ibama-RJ, Rogério Rocco, destacou a importância da cooperação entre os órgãos.

“A gente tem todo o interesse em fazer uma cooperação técnica e tentar ampliar a cooperação. Nesse objetivo de somar esforços, cada um tem suas deficiências e, somando, a gente consegue otimizar melhor os resultados. Na questão da ilha, será de extrema importância a construção de um plano de ação, visando que os órgãos incrementem ações de fiscalização em razão da configuração de problemas práticas, e chamando atenção para os aspectos de futuro”, declarou.

O CRMV-RJ reforça que o trabalho conjunto entre órgãos ambientais, instituições acadêmicas e sociedade civil é essencial para garantir o bem-estar animal, proteger o meio ambiente e buscar soluções sustentáveis para situações de abandono e superpopulação.

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