Toxinfecções alimentares: Um perigo oculto

Após inteligência artificial remontar caso de estudante de educação física que morreu depois de consumir refeição requentada, o Conselho Regional de Medicina Veterinária do Rio de Janeiro (CRMV-RJ) faz alerta sobre a importância dos cuidados no armazenamento e manipulação dos alimentos.

O caso aconteceu em 2019, na Bélgica, mas voltou a tona após diversas páginas publicarem recentemente a história através de recursos de inteligência artificial. O jovem, de 20 anos — que costumava preparar suas refeições da semana em um domingo, na tentativa de economizar tempo e dinheiro — consumiu um espaguete que havia sido preparado cinco dias antes, reservado em temperatura ambiente.

O exame do corpo revelou que o estudante havia morrido às 4h da madrugada, cerca de 10h depois de consumir o espaguete. Seu corpo foi autopsiado enquanto amostras do macarrão e do molho foram enviadas para análise no Laboratório Nacional de Referência para Surtos de Origem Alimentar (NRLFO).

A autópsia apontou para necrose hepática, indicando que o fígado havia parado de funcionar, bem como possíveis sinais de pancreatite aguda. Amostras fecais revelaram a presença de Bacillus cereus, bactéria responsável pela “síndrome do arroz frito”, envenenamento alimentar comumente causado por deixar arroz em temperatura ambiente por várias horas.

O espaguete enviado para o NRLFO possuía quantidades significativas de Bacillus cereus, confirmando que o macarrão foi a causa do óbito. De acordo com o portal IFLScience, o envenenamento por essa bactéria é surpreendentemente comum.

O CRMV-RJ reforça a importância de cuidados rigorosos no armazenamento e manipulação de alimentos para evitar situações como essa. É essencial destacarmos que a preparação e conservação adequada dos alimentos são fundamentais para garantir a segurança dos alimentos. Armazenar alimentos em temperaturas corretas, evitar o consumo de refeições requentadas, especialmente aquelas que ficam em temperatura ambiente por longos períodos, são cuidados básicos para prevenir toxinfecções alimentares.

Lavar bem as mãos antes do preparo dos alimentos, cozinhar de maneira adequada e refrigerar corretamente as sobras também são práticas essenciais para a prevenção de doenças transmitidas por alimentos.

O Conselho reafirma seu compromisso em disseminar informações relevantes e atualizadas sobre segurança dos alimentos, visando evitar futuros episódios trágicos como este.

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