O médico-veterinário Paulo Abilio Varella Lisboa, que é presidente da Comissão de Saúde Única do CRMV-RJ e pesquisador ICTB/Fiocruz, participou na última sexta-feira (21), do “Seminário do Programa Nacional de Manejo Populacional Ético de Cães e Gatos”, uma iniciativa do Departamento de Proteção, Defesa e Direito dos Animais, da Secretaria Nacional de Biodiversidade, Florestas e Direitos Animais, do Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima.
“Tive o prazer de falar sobre ‘Zoonoses e medidas de enfrentamento’. O seminário foi dividido em três eixos e, a partir daí, foram feitas propostas para construção de grupos de trabalho que, de alguma maneira, pudesse contribuir para a construção de uma política nacional de proteção, defesa e direito dos animais”, explicou o profissional.
O objetivo deste seminário é realizar uma série de diálogos com a sociedade civil, conselhos profissionais, estados, municípios, Judiciário, Ministério Público e todos os atores que atuam direta ou indiretamente na proteção animal, para amadurecer a construção de um Programa Nacional de Manejo Populacional Ético de Cães e Gatos com a participação de todos.
Segundo o último índice divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2019, as populações de cães e gatos no Brasil eram estimadas em 54 milhões e 24 milhões, respectivamente. Com base na média de emissões de carbono de aproximadamente 770 kg CO2 por ano para cães e cerca de 310 kg CO2 por ano para gatos, estima-se que a pegada de carbono desses animais de estimação no país seja de aproximadamente 49 milhões de toneladas de CO2 por ano. Caso o Brasil não adote um manejo populacional adequado, prevê-se que a população de cães chegue a 70 milhões e a de gatos a 41 milhões até 2030. Nesse cenário, estima-se que as emissões anuais aumentem para 66 milhões de toneladas de CO2.
