CRMV-RJ dá dicas de como prevenir a leptospirose

Um jovem de 15 anos morreu, na última quinta-feira (23), após contrair a forma grave da leptospirose. Ele teria começado a sentir os primeiros sintomas depois de ajudar a mãe durante enchente que atingiu sua casa, em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio.

Segundo informações obtidas pelo Conselho Regional de Medicina Veterinária do Rio de Janeiro (CRMV-RJ) , o jovem, de início, teve dois dos principais sintomas: dor de cabeça e diarreia. Com a piora, ele ficou três dias internado no Pronto-Socorro Central de São Gonçalo, porém seus órgãos entraram em falência e ele acabou não resistindo.

Outros sintomas comuns da doença são: febre alta repentina; dor na panturrilha; dor no corpo; olhos vermelhos; mal-estar; calafrios; manchas vermelhas pelo corpo; meningite; desidratação; tosse; náuseas e vômitos.

O CRMV-RJ esclarece que leptospirose é uma zoonose de importância mundial, causada por leptospiras patogênicas transmitidas pelo contato com urina de animais infectados ou água e lama contaminadas pela bactéria. Um amplo espectro de animais sinantrópicos, domésticos e selvagens serve como reservatório para a persistência de focos de infecção. No meio urbano, os principais reservatórios são os roedores (especialmente o rato de esgoto). Outros reservatórios são os suínos, bovinos, equinos, ovinos e cães.

A transmissão ocorre, principalmente, através do contato com a água ou lama de enchentes contaminadas com urina de animais portadores, sobretudo os ratos. A penetração da Leptospira no corpo, através da pele, é facilitada pela presença de algum ferimento ou arranhão. Também pode ser transmitida por ingestão de água ou alimentos contaminados.

A principal forma de se prevenir da doença é evitar o contato com a água ou lama de enchentes, mas caso seja necessário, utilize botas e luvas de borracha. Medidas ligadas ao meio ambiente, tais como o controle de roedores, obras de saneamento básico (abastecimento de água, lixo e esgoto) e melhorias nas habitações humanas também ajudam na prevenção.

O período de incubação da doença varia de 1 a 30 dias, sendo mais frequente entre 5 e 14 dias. A doença apresenta manifestações clínicas variáveis, desde formas assintomáticas e oligossintomáticas até quadros clínicos graves associados a manifestações fulminantes. Em aproximadamente 15% dos pacientes, a leptospirose progride para a fase tardia da doença, que é associada a manifestações graves e potencialmente letais.

Esta autarquia recomenda que, caso haja a suspeita leptospirose, o indivíduo procure imediatamente uma unidade de saúde para que seja feita uma rotina de anamnese e exame físico.

O CRMV-RJ ainda recomenda que os cães sejam vacinados contra a leptospirose, visto que esses pets também podem ser acomedidos com a doença. A vacina V8 apresenta dois sorotipos para  imunizar contra a doença, já na vacina V10 são quatro sorotipos, ou seja, protege contra quatro cepas (tipos) de bactérias da leptospirose. É importante fazer um reforço a cada seis meses.

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