Nota técnica – Caso de raiva canina no estado do Rio de Janeiro

Raiva Canina
Imagem: Freepik

No dia 10 de maio de 2021 o Laboratório Municipal de Saúde Pública do Instituto Municipal de Medicina Veterinária Jorge Vaistman comunicou resultado de exame positivo para raiva, de amostra de animal da espécie canina originário do Município de Duque de Caxias Estado do Rio de Janeiro, que morreu dia 06/05/2021. Segundo informações prestadas pela responsável pelo animal, aquele teve contato com morcego dia 26 de março, iniciando os sintomas da doença na última semana de abril. A este respeito a Comissão Estadual de Saúde Pública Veterinária do CRMV/RJ vem prestar os seguintes esclarecimentos a população do Estado do Rio de Janeiro.

Embora o ciclo da raiva urbana, mantido pelos cães, tenha sido eliminado no Brasil e na maioria dos países das Américas, casos esporádicos da doença em animais podem ocorrer, porque a raiva em animais silvestres, principalmente em morcegos, persiste em nosso meio, inclusive em áreas urbanas e o contato com esses animais traz risco de transmissão de raiva para animais domésticos e para as pessoas.

Para prevenir estes riscos, é muito importante a atenção as medidas para evitar a raiva que são: vacinar os animais regularmente, de acordo com as recomendações dos Médicos Veterinários e dos Serviços de Saúde, evitar que os animais tenham contato com morcegos que se encontram no chão, possivelmente já acometidos por raiva, que os podem morder e transmitir a doença, evitar contatos com outros animais silvestres, que também, podem transmitir a raiva, raposa, guaxinim, macacos, estar atento a mudanças brusca no comportamento dos animais, principalmente cães (perda de apetite, dificuldade de beber água, isolamento em lugares pouco iluminados, aumento de salivação, dificuldade para andar, agressividade, latido rouco.

Como trata-se de uma zoonose transmissível, portanto, aos seres humanos, na eventualidade de uma pessoa ter contato, ser mordido ou arranhado por cão, gato ou outro animal suspeito de raiva, quando possível deve colocar o animal em isolamento por um período de 10 dias e procurar um serviço de saúde para avaliação de risco de transmissão da raiva e necessidade de vacinação antirrábica. Da mesma forma, contatos de risco de pessoas com animais silvestres, também devem ser avaliados sobre necessidade da mesma vacinação.

Animais domésticos que tenham contato com animais silvestres suscetíveis a raiva devem ser avaliados por um médico-veterinário sobre o risco terem sido infectados, não sendo permitido aplicar tratamento antirrábico (esquema de vacinação) post-exposição em animais.

Nas páginas de internet dos Serviços de Saúde Municipais, Estaduais, Ministério da Saúde, Organização Mundial da Saúde/Organização Pan-Americana da Saúde, podem ser obtidas informações sobre prevenção da raiva.

COMISSÃO ESTADUAL DE SAÚDE PÚBLICA VETERINÁRIA

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