Medicina Veterinária Militar: profissionais atuam em diversas frentes

Na imagem, o Coronel Veterinário Francisco Augusto Pereira dos Santos

Servir ao Brasil como militar veterinário é o sonho de muitos profissionais. Ao longo dos anos, a Medicina Veterinária Militar evoluiu e se adaptou às novas características da corporação. Hoje, o médico-veterinário atua em praticamente todas as áreas de sua competência dentro do ambiente militar, o que o torna polivalente.

Em comemoração ao Dia do Médico-veterinário Militar, celebrado em 17 de junho, o Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV), em parceria com o CRMV-SP, o CRMV-RJ e o CRMV-MG, realizará o II Seminário Muniz de Aragão, evento que será transmitido, ao vivo, pelo canal do Youtube do Federal, das 8h30 às 18h.

Durante o evento, ocorrerá a entrega da Comenda Muniz de Aragão do CFMV aos médicos-veterinários militares que prestaram relevantes serviços à Medicina Veterinária Militar Brasileira e que contribuíram com o fortalecimento desta área de atuação.

“Prestigiar o médico-veterinário militar é de suma importância, pois eles contribuem de forma decisiva no controle de zoonoses, na preservação ambiental e em garantir a biossegurança dos quartéis e das operações”, afirma o presidente do CRMV-SP, Mário Eduardo Pulga.

Combate às zoonoses

Com 33 anos de serviços dedicados à Pátria, o Coronel Veterinário Francisco Augusto Pereira dos Santos, atua hoje no Centro de Operações de Paz do Brasil (CCOPB), organização do Exército, e contribui para o enfrentamento de doenças e medidas de prevenção empregadas pelos oficiais nos quarteis e em missões na Amazônia.

Como agente de saúde pública, também assume papeis de prevenção e combate à Covid-19 nas áreas de atuação dos militares. “Fiscalizamos os cumprimentos das medidas de prevenção ao Coronavírus e com a segurança dos alimentos do quartel”, explica.

Habilitados a identificar ameaça potencial de doenças zoonóticas e emergentes, os profissionais da Medicina Veterinária são estratégicos no campo da saúde pública. “Todas as ações exercidas no Exército, em especial na defesa biológica, têm o objetivo de manter a higidez da tropa, dos animais e a saúde ambiental, o que leva ao pleno exercício da Saúde Única”, frisa a Major Veterinária Jacqueline Roberta Soares Salgado, da Seção de Defesa Biológica.

Segurança alimentar

O médico-veterinário e Primeiro-Tenente Marco Antonio Andrade Rodrigues, é militar da Marinha do Rio de Janeiro e responsável pela área de inspeção de produtos de origem animal e defesa alimentar, além de assegurar a saúde e bem-estar dos cães que participam de missões nos estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Espírito Santo, Santa Catarina e Goiás.

“Nosso trabalho é empregar o conceito de Segurança dos Alimentos em nossas instalações, campo este que vem crescendo exponencialmente. Atuamos, ainda, no controle de pragas e vetores em alimentos, como arroz e feijão, e na educação social referente a doenças tropicais”, diz.

A coordenadora de Defesa Alimentar do Ministério da Defesa, Coronel Veterinária Beatriz Helena Felicio Fuck Telles Ferreira, acrescenta que o médico-veterinário, juntamente com outros profissionais da saúde, é o coração das Forças. “Assessoramos comandantes, chefes e diretores quanto a adoção de boas práticas na manipulação de alimentos”, afirma.

Gestão ambiental militar

Médicos-veterinários têm em sua essência a promoção da saúde pública. Dentro deste contexto, seja no meio civil ou militar, é impossível dissocia-la da proteção ambiental. Particularmente no âmbito militar, há o desafio de conciliar ações de proteção ambiental com a instrução dos profissionais de carreira.

“Nossa meta é incutir uma cultura de sustentabilidade nos militares por meio da atuação com gerenciamento de resíduos sólidos e de saúde animal, elaboração de programas de controle de vetores, e na educação ambiental. É uma quebra de paradigmas quando eles se tornam multiplicadores das práticas ambientais”, diz o Tenente Coronel Veterinário Leonardo Rodrigo Fonseca Tigre Maia, chefe do Laboratório de Inspeção de Alimentos e Bromatologia (LIAB).

Texto: Comunicação CRMV-SP

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